domingo, 13 de dezembro de 2009

PARACHUTES

Eis o que sobreviverá ao princípio, ao meio, ao fim!


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Como um pierrot


Pierrot de Picasso

Sim, eu resolvi me ausentar
Para ocultar a minha dor
Fugi, menti
Talvez por pudor
E a vida segue, sempre nesse vai e vem
Que não passa das ondas do amor
Gira, roda
Como um pierrot
Aqui: cada cidade é uma ilha, sem laços, traços, sem trilha
E o medo a nos rodear
Então: bem vindos à minha terra feita de homens em guerra
E outros loucos pra amar
Aqui: cada cidade é um port, disse o poeta prum broto
Que não queria arriscar
Vem, bem vindo a minha terra, feita de homens em guerra
E um outro louco prá amar

PIERROT -ML

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Viajantes pós-modernos.

" Na viagem que empreendem ao longo da vida, alguns sujeitos deixam-se tocar profundamente pelas possibilidades de toda ordem que o caminho oferece. Entregam-se aos momentos de "epifania". Saboreiam intensamente o inesperado, as sensações e as imagens, os encontros e os conflitos, talvez por adivinharem que a trajetória em que estão metidos não é linear, nem ascensional, nem constantemente progressiva. Suas aventuras podem, no entanto, parecer especialmente arriscadas e assustadoras quando se inscrevem no terreno dos gêneros e da sexualidade - afinal essas são dimensões tidas como "essenciais", "seguras" e "universais" - que, supostamente, não podem/não devem ser afetadas ou alteradas. Por isso o efeito e o impacto das experiências desses sujeitos são tão fortemente políticos - o que eles ousam ensaiar repercute não apenas em suas próprias vidas, mas na vida de seus contemporâneos. Esses sujeitos sugerem uma ampliação nas possibilidades de ser e de viver. Acolhem com menos receio fantasias, sensações e afetos e insinuam que a diversidade pode ser produtiva. Indicam que o processo de se "fazer" como sujeito pode ser experimentado com intensidade e prazer. Fazem pensar para além dos limites pensáveis. Afetam, assim, não só seus próprios destinos, mas certezas, cânones e convenções culturais. (...) esses viajantes pós-modernos deslocam-se sem "porto de chegar", gozando e sofrendo as sensações da viagem" *

Do capítulo "Viajantes pós-modernos"
Do livro "Um Corpo Estranho - ensaios sobre sexualidade e teoria queer" (Editora Autêntica, 2004).
De Guacira Lopes Louro.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Perdido no Paraíso.




Todo mundo tem um mapa
Mapa, que mapa? Estou à deriva!
Alguns são feitos à caneta,
Outros cravados a ferro e fogo,
E outros são quase transparentes
Não enxergo um palmo à frente do nariz...
Tudo é muito escuro, uma escuridão, um breu!
Há também aqueles que são como as linhas das mãos...
Acho que o mapa de Síssi é assim.
Síssi, Síssi! Que Síssi? Lá vem você com essa estória de Síssi, Síssi!
Ela nasceu com a mão esquerda para ser imutável
E a direita em eterna inconstância...
Ah, quer apostar, quer apostar?


Fernanda Young

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

...

"Se você quiser eu posso tentar
Mas, eu não sei dançar tão devagar pra te acompanar" M.L

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

(des) Memória

Elke Maravilha
"Esqueçam a memória que vocês tem de mim"

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Por uma estética da existência.

Michel Foucault


“'Ou somos idênticos, ou nos denunciamos'. E se nos denunciamos como diferentes nesse mundo de padrões tão rígidos somos expostos a um preconceito crescente. Quem não tem um corpo bronzeado, malhado, “sarado”, lipoaspirado e siliconado é visto como alguém que fracassou e isso explica o aumento
nos casos de anorexia, bulimia, distimias e depressões. Um corpo inadequado não apenas marca a maior parte da população como gorda, feia ou disforme, segundo os padrões modelares de uma elite, mas também gera subjetividades autodestrutivas em sua busca de adequação a qualquer custo. Em alguns casos, o medo da rejeição supera até mesmo o desejo de sobreviver."

Miskolci, Richard. Corpos elétricos: do assujeitamento à estética da existência. Estudos Feministas, Florianópolis, 14(3): 681-693, setembro-dezembro/2006. pp 683-684