quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Por uma estética da existência.

Michel Foucault


“'Ou somos idênticos, ou nos denunciamos'. E se nos denunciamos como diferentes nesse mundo de padrões tão rígidos somos expostos a um preconceito crescente. Quem não tem um corpo bronzeado, malhado, “sarado”, lipoaspirado e siliconado é visto como alguém que fracassou e isso explica o aumento
nos casos de anorexia, bulimia, distimias e depressões. Um corpo inadequado não apenas marca a maior parte da população como gorda, feia ou disforme, segundo os padrões modelares de uma elite, mas também gera subjetividades autodestrutivas em sua busca de adequação a qualquer custo. Em alguns casos, o medo da rejeição supera até mesmo o desejo de sobreviver."

Miskolci, Richard. Corpos elétricos: do assujeitamento à estética da existência. Estudos Feministas, Florianópolis, 14(3): 681-693, setembro-dezembro/2006. pp 683-684

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