quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Amizade

Ontem reencontrei dois grandes amigos. Por motivos que a razão e o coração conhecem, melhor ocultar-lhes os nomes. A presença deles despertou em mim, as melhores lembranças. Lembrei-me de quando ainda acreditava que o mundo podia ser meu. Mas essa lembrança, eu lembro agora. No momento eram apenas as melhores lembrança, agora é melancolia. Um lembrar triste. No reencontro, eu lembrei mesmo foi da possibilidade do amor impossível. Ela não leu. Ele gostaria de ter lido. "O fato de que o outro possa não responder ao seu chamado, de que ele sempre esteja livre para não responder, e que, não obstante, apesar de tudo - todo o resto e todos os outros - ele responda e, que, com essa resposta você se salve da destruição do tempo, abrindo outra dimensão do ser". Os dois certamente concordariam com Derrida. Lembrei-me do que nunca esqueci: da amizade. Daquela amizade que deixa as pessoas eufóricas quando se reencontram. Daquela amizade que é responsável pelos sorrisos mais contagiantes, e não menos invejáveis. Daquela amizade, que por não ser apenas amor, salva da destruição do tempo, abrindo outras dimensões do ser.
Amo vocês. Meu poeta predileto. Minha mulher que ama mais do que todas as outras. 

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